Depois de 30 anos de História, com direito a shows épicos de nomes como Queen, Bruce Springsteen, Guns N’ Roses e tantos outros, no Rio, em Lisboa e em Madri, enfim, chegamos aos Estados Unidos. No primeiro dia de festival em Las Vegas, havia olhinhos curiosos na fila sem entender direito por que chamamos o local onde o evento acontece de Cidade em vez de casa de show ou similares, misturados a outros que sabiam exatamente o que esperar e chegaram com um objetivo certeiro de aproveitar cada minuto da nossa programação. Ainda teve gente realizando sonho, como Trishia Thibodeaux, que levou um cartaz pedindo uma foto com Gwen Stefani e conseguiu. A vocalista do No Doubt, headliner do dia, convidou a fã no palco.
“Esperei 20 anos por isso. Sou fã desde sempre e nem acredito que isso aconteceu. Minhas pernas estão tremendo”, disse a americana, logo depois de descer do palco exibindo a selfie que fez com Gwen como troféu.
O No Doubt, aliás, fechou a noite com um desfile de hits, como “Don’t speak” e “I’m just a girl”, que levou o público de volta aos anos 90 e matou a saudade daqueles que esperavam ansiosos pela volta da banda aos palcos. Os shows não aconteciam desde dezembro de 2012, e retornaram neste ano.
NA FILA DA CIDADE DO ROCK
Entre os primeiros da fila havia americanos, canadenses, mexicanos, europeus e, claro, brasileiros. E veio do nosso país a primeira fila:
“Já fui a várias edições do Rock in Rio. Fiquei curiosa de saber como eles montaram aqui nos Estados Unidos. Espero que tenha todo ano!”, disse a primeira da fila, a carioca Verônica Oliveira, que mora em Chicago e virá aos quatro dias de festival. “Quero mais ver Ivete, Metallica e Maná, tirar fotos da Rock Street, andar na roda-gigante. Enfim, passar o dia todo aqui”.
ÁLBUM: VEJA AQUI FOTOS DO PRIMEIRO DIA DE FESTIVAL
A brasileira sabia exatamente o que havia reservado para seus dois primeiros fins de semana de maio. Quem também sabia era o Maná. Antes de subir ao Main Stage, a banda mexicana convocou a imprensa em seu camarim e fez questão de explicar o motivo que os levou a abrir uma exceção na carreira, que é focada em shows exclusivos.
“Não costumamos tocar em festivais, preferimos fazer a nossa própria turnê. Mas o Rock in Rio é diferente: eles estão fazendo isso há 30 anos. São muito organizados, e é um clima delicioso. Além disso, é bom para o público, que compra um ingresso e vê 15 shows diferentes, pode aproveitar várias atividades… Tem até gente que se casa aqui!”, comentou o baterista da banda, Alex González.
Mas… No meio de tantos especialistas em Rock in Rio, havia também aqueles que estavam descobrindo tudo isso graças ao amor por suas bandas preferidas. É o caso do americano Justin Smith:
“Sou fã do Deftones há 15 anos e sigo a banda em todos os lugares. Vi no site deles que haveria um show em um festival em Las Vegas e decidi vir. Depois é que fui entender como o Rock in Rio já é grande em outros países. Vi na internet um show que o Queen fez em 1985 e percebi que era histórico”.
Tirolesa: check! Roda-gigante: check! Indie rock: check! Pop rock: check! Casamentos: check! Elvis Presley: check! Comidas: check! Bebidas: check! Teve de tudo neste primeiro dia – de muitos – nos Estados Unidos. O palco Mercedes-Benz Evolution foi o responsável por começar as atividades às 15h, logo após a abertura dos portões, com direito a fãs correndo para garantir o melhor lugar na grade. O aracnídeo mais sonoro do mundo inteiro, a nossa aranha que também pode ser chamada de Palco Eletrônico, agitou e muito os fãs desse gênero musical.
#FACTS DO DIA
– Os roqueiros do Saints of Valory serão sempre conhecidos como os primeiros a tocar no Rock in Rio dos Estados Unidos, e cumpriram bem sua missão.
– The Pretty Reckless mandou um beijinho no ombro no Main Stage, liderado pela eterna “Gossip Girl” Taylor Momsen: XOXO! Detalhe: a empresária da banda garante que é a própria Taylor que faz sua maquiagem.
– Os mexicanos do Maná fizeram muito marmanjo chorar da apresentação cheia de rebolado, suingue e sotaque latino, com um hit atrás do outro.
– Smallpools ganhou o título de banda mais legal do mundo, atendendo a todos os pedidos de entrevistas, fazendo selfies adoidado, oferecendo cerveja, conversando com todo mundo nos bastidores e fazendo muita festa.
– Quando a musa Gwen Stefani entrou no palco, a pergunta mais recorrente na plateia foi: “Ela é perfeita! Quantos anos ela tem?” Resposta: 45 anos.