E se o Rock in Rio tivesse um palco para encontros musicais inusitados, shows diferentes e tudo com total liberdade para experimentar? Esse é o Palco Sunset.
Parte integrante do Rock in Rio, o Sunset nasceu em Lisboa, na edição do evento que rolou por lá em 2008. A diversidade musical, característica que acompanha o festival desde o início, é muito bem representada nesse espaço que é uma atração por si só. Criatividade, surpresas e ousadia ditam a clima do palco. Tem gente nova, veteranos com projetos especiais, parcerias de artistas de gêneros diferentes… Tudo pode acontecer. A verdade é que o Sunset nunca foi encarado como um palco secundário, mas sim como mais um lugar para completar a experiência Rock in Rio.
Foto: Marcelo Mattina
No Brasil a novidade estreou em 2011 e começou já promovendo momentos incríveis. Mike Patton foi uma das atrações naquele ano. O vocalista do Faith no More veio para cá com o seu projeto Mondo Cane, em que canta versões de Standards do cancioneiro italiano. O show emocionante foi completado pela participação da Orquestra Sinfônica de Heliópolis, que é formada por jovens de baixa renda de São Paulo. Outra super parceria que aconteceu em 2011 foi a de Milton Nascimento e Esperanza Spalding. O encontro do grande nome da MPB com a nova estrela do Jazz rendeu até uma versão de “Maria Maria”, o clássico de Milton e Fernando Brandt. E o que aconteceria se uma banda Heavy Metal tocasse junto com um grupo de percussão francês? No Sunset deu para descobrir. Também em 2011 o Sepultura se apresentou com o Les Tambours du Bronx. A paulada cheio de ritmo deu tão certo que voltou a rolar na edição de 2013. O show, que dessa vez aconteceu no Palco Mundo, acabou virando um DVD, lançado esse ano (2014).
Foto: Raul Aragão / I Hate Flash
A gente tem que lembrar também de grandes momentos que rolaram no Sunset do Rock in Rio 2013. O Rock and Roll do Living Colour se conectou perfeitamente com a Wolrd Music de Angélique Kidjo. Nunca os EUA e Benin pareceram tão próximos. Um tributo aos Ramones com dois caras que passaram a vida tocando Punk Rock também é uma boa ideia para o Sunset. E ela aconteceu em 2013. Marky Ramone e Michale Graves (ex-Misfits) tocaram músicas da extinta banda americana no Rock in Rio. Teve Blues no espaço da liberdade musical do festival. O veterano bluseiro Charlie Musselwhite subiu ao palco com Ben Harper e o resultado dessa parceria foi parar em listas de melhores shows do ano no Brasil.
O Palco Sunset já tem sua história e a cada edição do Rock in Rio desperta expectativa sobre que novas surpresas aconteceram por lá. E você, tem algum palpite para um novo encontro musical que tem a ver com esse espaço de ousadia?